04 Apr
04Apr

Os Cristãos possuem diversos símbolos sagrados, animais, comidas, flores, etc. utilizados na comemoração da Páscoa, vamos conhecer alguns deles e suas origens?


Símbolos Sagrados

1.Círio Pascoal

Representa Cristo como a luz que ilumina os povos. O círio pascal é uma vela especial, que é acesa no sábado de Aleluia, permanece com as chamas acesas por 50 dias e só é apagada em Pentecostes. No centro da vela estão desenhadas as letras alfa e ômega, que são respectivamente a primeira e a última letra do alfabeto grego, significando que Deus é o princípio e o fim.


2.Cruz 

É um dos principais símbolos do cristianismo. Ela representa o sofrimento de Cristo, o lugar onde o “Salvador” foi crucificado e partiu para a ressurreição.


3.Óleos Santos 

Na antiguidade os lutadores e guerreiros se untavam com óleos, pois acreditavam que essas substâncias lhes davam forças. Para os cristãos, os óleos simbolizam o Espírito Santo, aquele que lhes dá força e energia para viver o evangelho de Jesus Cristo. 


4.Quaresma 

A Páscoa começa ainda na Quaresma, que são 40 dias em que os cristãos reservam-se em busca da purificação do espírito através das penitências, e é desta forma que esperam alcançar a redenção dos pecados. Na tradição judaica, havia 40 dias de resguardo do corpo em relação aos excessos, para rememorar os 40 anos passados no deserto.


5.Sinos 

Muitas igrejas possuem sinos que ficam suspensos em torres e tocam para anunciar as celebrações. O sino é um símbolo da páscoa. No domingo de páscoa os sinos anunciam a celebração da ressurreição de cristo e o fim da Quaresma.


Animais Sagrados da Páscoa

6.Cordeiro 

É um dos símbolos da Páscoa mais antigos, ele representa a imagem de próprio Jesus Cristo, aquele que se sacrificou para redimir o homem dos seus pecados. O cordeiro foi o animal que Moisés sacrificou para agradecer à Deus pela libertação do povo hebraico. O animal é o símbolo da aliança entre Deus e os hebreus. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo. A função do cordeiro para Páscoa pode ser descrita através da canção, que até hoje é preservada pela igreja católica, que diz:

 “Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo Tende piedade de nós...”

 “...Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo Dai-nos a paz, a vossa paz!” 

 7.Coelho da Páscoa 

Devido ao seu alto poder de reprodução, os coelhos tornaram-se um dos grandes símbolos da Páscoa que representa a fertilidade.

A relação entre coelho e Páscoa foi estabelecida desde a antiguidade. Para diversos povos antigos ele já estava ligado a esperança e renovação. Isso porque ao início da primavera, eles eram os primeiros animais a sair de suas tocas, simbolizando o renascimento da vida na natureza.

Somente com o passar do tempo é que eles foram incorporados às tradições, em versões de chocolate.

8.Peixe 

O peixe é um símbolo cristão que está bastante relacionado aos apóstolos, que eram pescadores. Em grego, a palavra Ichthys significa peixe e é um acróstico para “Iēsous Christos Theou Yios Sōtēr”, que pode ser traduzido como “Jesus Cristo, Filho de Deus, o Salvador”. É um símbolo tão antigo quanto o crucifixo para os cristãos.

Durante o período de perseguição, para saber se uma pessoa era seu “irmão na fé”, os adeptos ao cristianismo costumavam desenhar um arco na areia. Caso a outra pessoa fosse um cristão ele rabiscava o mesmo arco invertido, formando a imagem de um peixe. Com o tempo a igreja católica criou a tradição de comer peixe na Páscoa, porém esse costume não tem qualquer relação com a Páscoa original, mas ainda hoje esse hábito é cultivado e tornou-se um dos principais símbolos da Páscoa.


Alimentos Pascais

9.Pão e Vinho

O pão e o vinho representam o corpo e o sangue de Jesus Cristo e simbolizam a vida eterna e a ressurreição. Estes são um dos mais antigos símbolos do Cristianismo e fazem parte das missas de Páscoa. Tanto o pão como o vinho aparecem em diversas passagens bíblicas, como por exemplo, na Santa Ceia:

Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos seus discípulos, dizendo: “Tomem e comam; isto é o meu corpo”. Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: “Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados.” (Mateus 26:26-28)

10.Colomba Pascal

A Colomba Pascal é um pão doce feito com frutas cristalizadas que faz parte da comemoração. Com a forma de pomba, um importante símbolo cristão, sua origem é italiana e simboliza a chegada do Espírito Santo. Note que em italiano “colomba” significa “pomba”. Segundo a lenda, esse doce teria sido feito por um confeiteiro do vilarejo de Paiva, no norte da Itália, e oferecido ao Rei Lombardo Albuíno. Esse ato fez com que o Rei, que estava pronto para atacar o vilarejo, desistisse de sua ação, poupando assim, o povo de uma invasão. Por esse motivo, a colomba Pascal também simboliza a paz.

11.Ovos de Páscoa

Nas culturas pagãs, o ovo trazia a ideia de começo de vida. Os povos costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes boa sorte. Os chineses já costumavam distribuir ovos coloridos entre amigos. Os chineses preocupavam-se em embrulhar os ovos naturais com cascas de cebola e cozinhavam-nos com beterraba. Ao retirá-los do fogo, ficavam com desenhos mosqueados na casca. Os ovos eram dados de presente na Festa da Primavera, como referência à renovação da vida.

O costume chegou ao Egito. Assim como os chineses, os egípcios distribuíam os ovos no início da nova estação. Os cristãos primitivos da Mesopotâmia foram os primeiros a usar ovos coloridos na Páscoa para representar a alegria da ressurreição e o reconhecimento do sacrifício.

Existem muitas lendas sobre os ovos. A mais conhecida é a dos persas: eles acreditavam que a terra havia caído de um ovo gigante e, por este motivo, os ovos tornaram-se sagrados.

Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. Na Armênia decoravam ovos ocos com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas.

Pintar ovos com cores da primavera, para celebrar a Páscoa, foi adotado pelos cristãos, no século XVIII. A igreja doava aos fiéis os ovos bentos.

O surgimento do ovo de chocolate na Páscoa se deu a partir do Séc. XVIII, em substituição aos ovos duros e pintados que eram escondidos nas ruas e nos jardins para serem caçados. Existem algumas versões para explicar a substituição de ovos naturais pelos de chocolate. A hipótese mais provável é a que se refere à indústria de chocolate, iniciada pelo holandês Van Houtem, em 1828.


Plantas da Páscoa

12.Girassol

O Girassol é uma flor que sempre está inclinada para o sol. Na Páscoa, ele representa a busca da luz. Esse símbolo estabelece uma relação de equivalência entre o sol e Jesus Cristo, onde Cristo é o sol que ilumina o mundo, no qual os cristãos buscam o caminho, a verdade e a vida.

13.Ramos de Palmeira

A Semana Santa inicia a partir do Domingo de Ramos, que utilizam as folhas da palmeira para retratar a entrada de Jesus em Jerusalém. Por isso, no período pascoal costuma-se enfeitar as igrejas com a planta para comemorar a chegada de Cristo.

Origem da Páscoa

Páscoa, do hebraico Pessach, significa “passagem”. O seu significado remete à transição da escravidão para a liberdade, como celebra a Páscoa judaica, bem como da morte para a vida, como celebra a Páscoa cristã. Segundo historiadores, a origem da Páscoa também se apresenta num contexto pagão, mas mantendo o significado da “passagem”. Acontece que as civilizações antigas cultuavam uma deusa, conhecida como Ostara ou Eostern, numa festa que celebrava a passagem do inverno para a primavera. Essa estação trazia a esperança em virtude da possibilidade de produzir alimentos que pudessem ser armazenados para consumo ao longo de todo o ano. Além da relação com o significado, o nome da deusa remete à palavra “páscoa” em inglês, Easter. Conheça mais abaixo:

Dia da Páscoa

A data da celebração foi definida no Concílio de Niceia, o primeiro concílio de ordem ecumênica, e que foi realizado no ano 325. No Concílio de Niceia ficou determinado que a Páscoa cristã deveria ser comemorada no primeiro domingo depois da lua cheia, a partir do dia 22 de março. A fase da lua constava nas tabelas eclesiásticas e não era contada de acordo com o verdadeiro calendário lunar. Assim, a Páscoa é uma data comemorativa móvel, que não é feriado, e cuja celebração acontece entre os dias 22 de março e 25 de abril, exatamente 47 dias depois do Carnaval. A Páscoa judaica, por sua vez, é comemorada ao longo de uma semana, tendo início no décimo quarto dia do mês de Nissan, o primeiro do calendário judaico. Esta foi a orientação recebida de Deus por Moisés e Arão, a qual pode ser consultada no capítulo 12 do livro de Êxodo da Bíblia: “No primeiro mês comam pão sem fermento, desde o entardecer do décimo quarto dia até o entardecer do vigésimo primeiro.”

Páscoa Judaica

Para os judeus, o Pessach é a Festa da Liberdade, pois comemora a saída do Egito, local onde habitaram por mais de 400 anos, sendo um período como escravos. Moisés, hebreu que foi adotado pela filha do faraó, recebeu instruções do Deus para libertar o seu povo do Egito quando tinha 80 anos. Diante da recusa do líder egípcio, Moisés começou a apresentar sinais enviados por Deus, que demonstravam a sua ira. Foram elas: sangue, rãs, insetos, piolhos, morte do gado, úlceras, granizo, gafanhotos, trevas e a morte dos primogênitos egípcios. Com a última praga, o faraó perdeu seu primeiro filho e, assim, assustado com tudo o que aconteceu, permitiu a saída dos hebreus de suas terras, iniciando o êxodo do povo. A travessia dos judeus pelo Mar Vermelho em direção à Terra Prometida simbolizou a passagem da escravidão para liberdade. Por isso, até hoje o fato é celebrado como um memorial perpétuo da opressão vivida pelos antepassados e como a liberdade chegou para eles. Desde então, os judeus reúnem-se todos os anos, para celebrar a Páscoa com elementos que relembrem a sua história e os fatos que culminaram na saída do Egito.


Início da comemoração da Páscoa pelos judeus

Na primeira Páscoa, na noite anterior à saída do Egito, os hebreus escolheram um cordeiro, representando o cordeiro pascal, que foi assado e servido como alimento para família, juntamente com pão ázimo (sem fermento) e ervas amargas. O sangue do animal foi utilizado para marcar as laterais das casas, para que o anjo da morte não levasse seus primogênitos durante a última praga do Egito. A páscoa é uma reunião familiar e, durante esse período, os pais aproveitam para ensinar aos filhos sobre sua história e sobre o seu Deus. Com o passar do tempo, a Páscoa, juntamente com Pentecostes e Tendas, tornaram-se as importantes festas dos judeus, que os levavam a ir até Jerusalém três vezes por ano.

Data de comemoração da Páscoa Judaica

Segundo as Sagradas Escrituras do Judaísmo, a Torá, a Páscoa deve ser celebrada no décimo quarto dia do primeiro mês, chamado de Abib ou Nissan, e, por isso, o calendário judaico foi ajustado para que a festividade ocorra sempre no início da primavera. A festividade inicia quando a primavera chega à Israel, que como está localizada no Hemisfério Norte, trata-se do Equinócio de Primavera. Para quem está no Hemisfério Sul, a Páscoa é comemorada no início do Equinócio de Outono.

Comemoração atual da Páscoa

Atualmente, a celebração segue um ritual, cujos passos são: busca do Chametz, jejum dos primogênitos, acendimento de velas, Seder e leitura do Hagadá. 

Busca do Chametz: Um dos mandamentos centrais da festa de Pessach se refere ao Chametz (grãos fermentados). Começando na manhã da véspera de Pessach e se estendendo até o término desta festividade de oito dias (sete em Israel), é proibido ingerir, possuir ou mesmo se beneficiar de qualquer quantidade de Chametz. 

Jejum dos primogênitos: Na véspera do Pessach, todos os primogênitos devem jejuar como forma de agradecimento por seus antepassados terem tido suas vidas poupadas quando ocorreu a praga que levou os primogênitos egípcios. 

Acendimento das velas: Durante o primeiro dia do Pessach são acendidas velas em horários determinados e com recitação de textos. Para o segundo dia, é utilizada uma chama já existente para acender mais velas. 

Seder: a ceia judaica Em hebraico, Seder significa ordem e trata-se da ceia judaica realizada em família para comemoração do Pessach. O Seder marca o início da comemoração, quando as famílias se reúnem para consumir alimentos que lembram a trajetória dos seus antepassados. Durante o jantar, é feito a leitura do Hagadá para relembrar a história e manter acesa na memória dos judeus o sofrimento vivido e a restauração da sua liberdade. 

A bandeja principal da mesa, chamada de keará, é composta por elementos, cujos significados são: 

  • Maror (erva amarga): representa a amargura vivida pelo povo judeu.                                               
  • Charosset (doce): a mistura das iguarias lembra a cor dos tijolos produzidos no Egito.                     
  • Carpás (salsão): lembra o hissopo utilizado para passar o sangue do cordeiro nas portas.           
  • Chazeret (alface romana ou escarola): deve ser colocada sob o Maror. 
  • Betsá (ovo cozido): representa a opressão vivida pelos judeus e como isso os fortaleceu. 
  • Zeroá (cordeiro): simboliza o Deus que os tirou do Egito. 

Além dos símbolos que compõem o keará, na mesa são colocados três matsot (pães sem fermento), que representam os sacerdotes, levitas e povo israelita. Há também um recipiente com água salgada para lembrar das lágrimas derramadas durante a escravidão e o mar que atravessaram. A taça com vinho servida a cada convidado deve conter pelo menos 86 mililitros.


Páscoa Cristã

Considerada uma das datas mais importantes do calendário cristão, a Páscoa é a festividade que comemora a ressurreição de Jesus Cristo, filho de Deus. A celebração é repleta de símbolos, que fazem parte também dos rituais da Semana Santa. Nos dias que antecedem a data, são realizadas algumas celebrações que relembram os acontecimentos que culminaram na morte de Jesus. A Semana Santa recorda a Última Ceia de Jesus com os apóstolos, a sua crucificação e ressurreição, o que teria acontecido durante a celebração da Páscoa judaica. A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus, num domingo conhecido como Domingo de Páscoa, que encerra a Semana Santa. A Páscoa não tem uma data fixa, ela geralmente ocorre entre os dias 22 de março e 25 de abril. Mais precisamente no primeiro domingo após a lua cheia que acontece no início da primavera no Hemisfério Norte e início do outono no Hemisfério Sul. Dentro do próprio cristianismo, a Páscoa é celebrada de maneira distinta entre católicos e protestantes. Independente disso, os símbolos que vimos no início desta postagem são intensamente utilizados nas comemorações, a maioria ligada a ressurreição de cristo.

Link do video que fizemos para a páscoa:
https://www.youtube.com/watch?v=uTfKR1rBRaE

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